Centenas de documentos são danificados por vazamento de água no Museu do Louvre
Um vazamento de água no Museu do Louvre, em Paris, danificou centenas de documentos da Biblioteca de Antiguidades Egípcias, informou o museu parisiense à AFP neste domingo. A instituição tem enfrentado uma serie de críticas desde que joias históricas avaliadas em mais de US$ 100 milhões (R$ 543 milhões) foram roubadas do museu em 19 de outubro. Os quatro membros da quadrilha que realizaram o roubo foram presos, mas o destino das joias e os mentores do crime ainda não foram descobertos.
Entre 300 e 400 documentos foram afetados, disse Francis Steinbock, diretor-geral adjunto do museu. O Louvre é o museu mais visitado do mundo. Em 2024, recebeu 8,7 milhões de visitantes, dos quais 69% eram estrangeiros.
Segundo Steinbock, tratam-se de "periódicos de egiptologia" e "documentação científica" utilizada por pesquisadores. Essas obras encadernadas datam do final do século XIX e início do século XX.
"Nenhuma obra da coleção permanente foi danificada", acrescentou, especificando que, nesse nível, "não há perdas irreparáveis e definitivas nessas coleções". Segundo ele, os documentos afetados são "muito úteis e frequentemente consultados", mas não são únicos no mundo.
As obras danificadas "serão secas" e, em seguida, enviadas para restauração e devolvidas às estantes, afirmou Steinbock. Segundo o museu, o vazamento de água foi descoberto em 26 de novembro no sistema hidráulico que abastece o equipamento de aquecimento e ventilação da biblioteca.
A causa foi a abertura acidental de uma válvula nesse sistema, resultando em um vazamento em um cano no teto de uma das salas. Como o sistema hidráulico é "completamente obsoleto", ele foi desativado por vários meses e sua substituição está prevista para começar em setembro de 2026, disse Steinbock, como parte de uma grande reforma que ocorrerá ao longo de vários meses. Uma investigação interna determinará a causa exata do vazamento.