Entenda por que Diane Keaton nunca se casou — mesmo tendo namorado Al Pacino e Woody Allen
Ícone do cinema nas décadas de 1970 e 1980, Diane Keaton teve relacionamentos com alguns dos maiores galãs de Hollywood, mas escolheu a independência em vez do casamento. A atriz, que faleceu no último sábado aos 79 anos, sempre deixou claro que abrir mão da liberdade não era uma opção. Diane teve romances notórios com nomes como Al Pacino, Warren Beatty e o cineasta Woody Allen.
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Em uma época em que se esperava que as mulheres se casassem e formassem família, ela seguiu um caminho diferente — e revelou que a escolha teve forte influência de sua mãe. Em uma entrevista relembrada recentemente, na qual conversava com amigos e familiares famosos, Diane explicou que sua decisão de não se casar vinha de observar os sacrifícios feitos por sua mãe, que abandonou os próprios sonhos para cuidar da família enquanto o pai trabalhava.
Questionada pela atriz Lisa Kudrow, de "Friends", sobre o que a fazia acreditar que as mulheres não precisavam se casar, Diane respondeu:
"Isso vem da minha mãe, porque, para mim, quase tudo vem dela. Eu amo meu pai, é claro, isso nem se discute. Mas ela estava sempre presente, e ele, sempre trabalhando. Vi o quanto ela abriu mão. Lembro dela alcançar aquele momento de glória ao ser coroada como Mrs. Highland Park, e depois disso nos mudamos para Santa Ana, e acabou."
"Sinto que ela escolheu a família em vez dos sonhos dela. E foi a melhor mãe do mundo, mas acho que ela é a razão pela qual eu nunca me casei."
A estrela de "Clube das Desquitadas" foi um dos grandes nomes do cinema nos anos 1970, e consolidou sua carreira com sucessos como "Baby Boom", "O pai da noiva" e "Alguém tem que ceder". Diane nunca demonstrou arrependimento por não ter se casado. Em 2014, afirmou:
"Não acho que, por não ser casada, minha vida tenha sido menos. Esse mito da solteirona é uma bobagem." Cinco anos depois, em 2019, ela voltou ao tema: "Tenho 73 anos e acho que sou a única da minha geração — talvez até antes dela — que passou a vida inteira como uma mulher solteira. Não acho que teria sido uma boa ideia me casar, e estou muito feliz por não ter feito isso." Já em 2021, foi ainda mais direta ao justificar sua escolha: "Eu não queria abrir mão da minha independência."
Apesar de ter abraçado a vida de solteira com o passar dos anos, Diane teve relacionamentos com vários nomes de destaque em Hollywood. Em 1969, ela namorou Woody Allen enquanto atuava na peça da Broadway "Play it again, Sam". Embora o relacionamento tenha sido breve, os dois trabalharam juntos em oito filmes entre 1972 e 1993, e ela teria sido a inspiração para o clássico Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (que rendeu um Oscar a Diane).
A amizade entre eles permaneceu mesmo após o término, e Diane chegou a defender Allen publicamente em 2018, após ele ser alvo de denúncias feitas por sua filha adotiva.
"Woody Allen é meu amigo e continuo acreditando nele", escreveu no X (antigo Twitter). Em 2017, disse à revista People: "Ele é hilário e eu o adorava. De verdade." Com Al Pacino, o envolvimento começou durante as filmagens de O Poderoso Chefão, em 1971. "Eu era louca por ele. Charmoso, hilário, falava sem parar," contou à People anos depois. "Ele tinha um lado de órfão perdido, uma coisa meio gênio maluco. E era lindo de morrer." O relacionamento foi marcado por idas e vindas até 1990.
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Com Warren Beatty, o romance foi breve, iniciado após as filmagens de Reds, em 1981.
"Ele é um personagem brilhante. Tão complexo e charmoso. Ele deveria ter feito mais filmes," declarou à People.
Em outra entrevista, à Variety, afirmou: "Ele era de morrer. Um sonho… Não só era bonito, sexy, cativante, misterioso e uma grande estrela, como também era um produtor e diretor incrível."
Apesar de nunca ter se casado, Diane realizou o desejo de ser mãe. Ela adotou sua filha, Dexter, em 1996, aos 50 anos, e seu filho, Duke, em 2001, aos 55. A morte da atriz foi confirmada por um porta-voz da família à revista People. Os entes queridos pediram privacidade durante o luto. Nenhum outro detalhe foi divulgado