Talvez parecido com o que tá começando a aparecer de problema na psi que é "nao consigo psicólogo então vou de chat gpt / igreja pilantra / psi de 30 min por 20 reais corridão de plano de saúde / canal do youtube safado" etc.

Mas sim sim, são níveis de trabalho e tipos de arte distintos!

Sim, cê tem razão! Eu naquele momento ali generalizei mas acredito que a linha de pensamento ainda faça sentido pra arte comissionada e tal. Tipo, quis pensar no sentido de que a pessoa que não consegue aquela arte específica daquele autor (infelizmente) ainda consegue alguma cópia barata safada.

Sim! A gente não pode dar mole de pagar de jesus tbm, saca? É necessário conhecer tbm (em algum grau) essa pessoa que supostamente precisa de um preço social ou facilitação. Até pra se proteger mesmo, não permitir que essas tentativas de acessibilidade não sejam mais abusadas do que já são. D:

Mas tudo isso, é claro, depende de que esse profissional consiga primeiro ele próprio não estar vulnerável etc. Por isso é legal que classes profissionais se organizem, sindicalizem, ou o que for, pra trabalhadores se ajudarem e assim eles possam >depois< ajudar o luxo a deixar de ser luxo.

e um comprometimento com a transformação social colocado como algo igualmente importante (ou até mais importante) do que a relação comercial. Eu acredito que a arte também possa (ou deva, pra minha visão de mundo) ser considerada assim, como algo que se compromete em produzir transformação social.

consegue, pela via autônoma e não por concurso público ou clt (ambos vagas ultra escassas), ter clientela e serviço pra sobreviver direito e tals. O lance é que a educação e a prática dessa classe profissional tem uma organização interna (talvez) maior do que a da arte (?)

obs: psicologia no brasil, na prática é mais luxo e mais inacessível do que muitas artes ou subprodutos de arte e justamente por isso que existe no código de ética da profissão a proposição de que se separe uma quantidade de trabalho pra ser feito a preço social. Pouquíssimo psicólogo

Isso se for do interesse da pessoa comprar uma briga de tentar levar luxo pra todo mundo, e tentar desinstituir o luxo enquanto luxo etc (embora num ritmo lento ou efeito pequeno ao macro). Particularmente é um interesse meu como artista, e alguns exemplos que cê deu já me parecem formas disso.

Mas óbviamente só penso nisso como algo a ser feito se o artista estiver em uma posição mais confortável, e não de insegurança financeira né. Teeeendo ele próprio superado a vulnerabilidade, aí acho que é interessante considerar planejar o próprio trabalho com essa inclusão / facilitação do acesso.

ah, com certeza. Eu não tinha esse background em mente quando respondi sobre isso.

Eu acho que ainda sendo algo de luxo, talvez seja interessante ter uma porcentagem dessa produção de luxo comprometida com tentar facilitar que o luxo que se produz chegue a quem não tem condições.

Digo isso no sentido de desindividualizar o trabalho, sair um pouco da lógica puramente econômica e pensar ele também como uma prática de transformação social, saca? Na clínica essa preocupação aparece por ser um trabalho da área da saúde, mas penso se a área artística não poderia ter isso também. 🤔

mais acessível, tendo como foco uma parcela do público que gostaria de pagar mais mas que só não tem como mesmo. Algo próximo da dinâmica de "preço social" que tá previsto no código de ética da psicologia BR. Tu separar sei lá 10% do teu produto pra ser destinado a quem só possa pagar menos (?).

Amiga eu tô contigo nessa, só adicionaria um contraponto que artistas na dinâmica comercial talvez pudessem ter uma política de acessibilidade social parecida com a que a gente tem na psicologia. De tipo, o artista ter também pelo menos uma porcentagem do seu trabalho voltado a um processo +

Oh, for sure. I don't go for a individualized responsibility! Our attetion needs a relational field to navigate through, and we are taught, not only racionally (via neoliberal ideology) but also physically (via private property), to live as if meaning were something contained in material objects.

All the rage people are feeling now for the AI stuff should've been directed to the capitalist / consumerist logic these studios choose to serve from a long time. That shows a problem in us as well: that we also have our attention more turned to materials than acts and their relational contexts!

The major part of them were always focused on profits, results, products, and not on processes. The need for humans (since untill now "only" humans had power to organize information for an other to "find" meaning) was always seen as a problem, as a concession to make, due to a lack of option.

Yessssss! I don't have a strong PC or PS4 myself, so I'm able to play more modern high graphics stuff only when a friend leaves their PS4 in my house for a while. I'm loving to play it and I'm loving to watch it, I just feel it doesn't have a good pace (?) balance from"playing" to "watching" or so..

At first I didn't like not having an option to adjust controls sensibility, but now I'd say that was very important to force me to pay attention to that. It reminds me of how we need to keep pressing the R1 to be hand in hand with Yorda in ICO, with a bit more nuance about the pressure, however. 🤓