Influenciadora diz que acervo pessoal passa de 60 laces que costuma usar em produções, eventos e aparições públicas

O episódio mais violento da trajetória de Suzane von Richthofen atrás das grades voltou ao debate público após a estreia de "Tremembé", nova série do Prime Video. A produção dramatiza o ataque que quase tirou a vida da detenta — condenada a 39 anos de prisão pela morte dos pais — durante uma rebelião ocorrida na Penitenciária Feminina da Capital (PFC), em 2006, e que, segundo investigações, tinha alvos definidos. O fato é abordado no primeiro episódio da produção audiovisual inspirada em livros do colunista do GLOBO Ulisses Campbell, autor do blog "True crime". Mistério desvendado: Triângulo oculto pode revelar enigma de 500 anos em famosa obra de Leonardo da Vinci; entenda Atmosfera zen, círculo dos rituais: Veja a casa 'curativa' de Anitta no Rio de Janeiro depois que ela deixou Los Angeles A trama real por trás daquele dia está detalhada no livro "Suzane: assassina e manipuladora", de Campbell. Na obra, o jornalista revela que o levante, noticiado à época como um protesto por melhorias dentro cárcere, escondia um plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) para eliminar as presidiárias Suzane von Richthofen e Aurinete Félix da Silva, a "Netinha", ex-integrante da facção criminosa e considerada traidora por migrar para o Terceiro Comando da Capital (TCC). Enquanto Netinha conseguiu ser retirada do presídio antes que fosse localizada, Suzane permaneceu vulnerável, a todo momento, aos ataques das demais detentas. A decisão de executá-la teria partido de Quitéria Silva Santos, conhecida como a "rainha da penitenciária" e então responsável pelo comando do PCC dentro da unidade. A tarefa foi entregue a uma figura temida entre as internas: Maria Bonita, baiana de 28 anos, vista como braço direito de Quitéria. Initial plugin text De acordo com o livro de Ulisses Campbell, Maria Bonita — que, na produção audiovisual, ganhou o nome de Dadá (vivida pela atriz Rosana Maris) — teria se aproximado de Suzane de forma estratégica, oferecendo proteção à recém-chegada em troca de benefícios. Após a proposta não ser aceita, o clima entre ambas descambou para a hostilidade declarada, sobretudo por parte de Maria Bonita. A detenta teria avisado Suzane: "Você sabe que não vai durar aqui dentro, né, amorzinho?" Marina Ruy Barbosa como Suzane von Richthofen em 'Tremembé' Divulgação Durante as 22 horas de tensão que se seguiram ao rompimento da ordem na PFC, com a tropa de choque posicionada do lado de fora do presídio e reféns ameaçados, Suzane se escondeu dentro de um armário metálico no almoxarifado. Do lado externo, Maria Bonita liderava um grupo de cerca de 40 presas armadas. Elas gritavam: "Eu sei que você está aí dentro, sua cadela! Vou cortar a sua garganta!" A rebelião só terminou após a morte de Quitéria, esfaqueada no meio do caos. A queda de sua liderança dissolveu o comando local e permitiu que as forças de segurança retomassem a unidade. Suzane foi encontrada viva, mas em estado de pânico. Initial plugin text Mesmo após a rebelião, os caminhos das duas rivais voltaram a se cruzar. Suzane foi transferida para Rio Claro (SP); Maria Bonita, para Ribeirão Preto (SP). Anos depois, a autora do crime contra os pais acabou enviada também para a penitenciária de Ribeirão Preto, onde, segundo Campbell, voltou a ser alvo de ameaças. À época, Maria Bonita teria se apresentado como uma "emissária de Satanás", afirmando que "Satanás estava com pressa" e que "quem mata pai e mãe tem que ir para o inferno o mais rápido possível". Temendo ser assassinada, Suzane teria recorrido a um "conchavo" com um promotor para conseguir ser retirada dali. Na adaptação para "Tremembé", a cronologia real dessas transferências foi condensada. De acordo com Campbell, a equipe de roteiristas unificou parte dos acontecimentos que ocorreram em ao menos três presídios diferentes em menos locações, para facilitar a compreensão do público. Por isso, o reencontro entre Suzan e a personagem inspirada em Maria Bonita, que historicamente ocorreu em Ribeirão Preto, aparece ambientado na fictícia penitenciária de Tremembé na série. Initial plugin text

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