Uma testemunha considerada crucial em uma investigação internacional sobre supostos “safáris humanos” durante o cerco de Sarajevo, nos anos 1990, morreu de forma inesperada. Slavko Aleksic, ex-líder de uma milícia bósnia, faleceu aos 69 anos na cidade de Trebinje, na Bósnia-Herzegovina, apesar de, segundo relatos, estar em boas condições de saúde, afirmou o jornal inglês Daily Mail. A morte ocorre poucas semanas após a abertura de uma investigação na Itália sobre denúncias de que turistas ricos teriam pago milhares de libras para participar de sessões de tiro contra civis desarmados durante a guerra dos Bálcãs, conflito que deixou mais de 11 mil mortos apenas em Sarajevo. Aleksic havia se apropriado de um cemitério judaico situado nas colinas acima da capital bósnia, local estratégico utilizado por atiradores de elite durante o cerco. De acordo com o advogado sérvio Cedomir Stojkovic, ele seria uma testemunha-chave do caso.