Saiba quais são as obras que foram roubadas da biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo
A prefeitura de São Paulo enviou para a Interpol nesta segunda-feira (8) um relatório das obras que foram roubadas da Biblioteca Mário de Andrade no último final de semana.
O documento mostra imagens das oito gravuras do artista francês Henri Matisse, cujas telas expostas eram ilustrações de um livro raro do artista, chamado "Jazz". Foram levadas oito das 20 pranchas impressas do pintor francês. Veja a lista:
O palhaço (Le clown);
O circo (Le cirque);
Senhor leal (Monsieur loyal);
O pesadelo do elefante branco (Cauchemar de l'Eléphant Blanc);
Os Codomas (Le Codomas);
O nadador no aquário (La nageuse dans l'aquarium);
O engolidor de palavras (L'avaleur de sabres);
O cowboy (Le Cowboy).
Constam ainda as outra cinco gravuras de Cândido Portinari, feitas para um livro de José Lins do Rego. Confira a seguir imagens das obras:
Fuga caótica após o assalto
A fuga dos responsáveis pelo assalto, na manhã de domingo (7), envolveu o abandono de um carro, trocas de roupas dos suspeitos e até o descarte temporário de alguns dos quadros em uma esquina do Centro de São Paulo, após um dos criminosos se assustar com a aproximação de um veículo que imaginou ser uma viatura.
Segundo o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), câmeras do sistema municipal de reconhecimento facial, o Smart Sampa, registraram toda a ação — desde o roubo até a chegada dos suspeitos a um endereço onde as obras supostamente estariam escondidas.
Nenhuma obra foi recuperada até o momento. Apesar da suposta identificação de um esconderijo, as forças de segurança aguardam um mandado de busca e apreensão para vistoriar o imóvel.
Até o momento, apenas um suspeito foi preso: Felipe dos Santos Fernandes Quadra, de 31 anos, detido em uma casa na Mooca, na Zona Leste. De acordo com a Polícia Civil, ele tinha passagens por furto, roubo e tráfico de drogas, além de ser conhecido pelo apelido de “Sujinho”.
No dia do roubo, ele foi visto conversando com os dois homens que invadiram a biblioteca e renderam três pessoas — um vigilante e um casal de idosos.
Ao sair da biblioteca com oito gravuras de Henri Matisse e cinco de Cândido Portinari, os assaltantes caminharam até o Vale do Anhangabaú, a poucos metros do local, onde uma van azul os aguardava. O veículo usado na fuga foi posteriormente abandonado.