Vicente Ferreira
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vicenteferreira.bsky.social
Vicente Ferreira
@vicenteferreira.bsky.social
Economist, PhD candidate at Sapienza University of Rome
Previously at SOAS University of London
Substack: https://reversodamoeda.substack.com/
O Alfred Kleinknecht é um economista que se tem destacado no estudo essa relação (👇🏼).

Do FMI, o que conheço é um artigo que relaciona a precariedade com a quebra da wage share: direct.mit.edu/rest/article...
The productivity slowdown, inflation and austerity
Calls for the ECB to raise rates to stem inflation have missed the negative impact of ‘structural reforms’ of labour markets on innovation.
www.socialeurope.eu
November 25, 2025 at 1:31 PM
"O efeito destas medidas será uma força de trabalho mais precária e menos qualificada, normalizando o risco tecnológico como risco individual e desincentivando estratégias de requalificação e formação interna, uma vez que despedir se tornará mais barato do que formar." 3/3
November 24, 2025 at 10:33 AM
"A falta de políticas de promoção da formação revela um dos principais paradoxos da reforma: enquanto o Governo diz querer responder à transição digital, ao restringir o acesso à formação compromete a qualificação da mão de obra necessária a esse processo." 2/
November 24, 2025 at 10:33 AM
As prestações em dinheiro ainda são insuficientes e o subfinanciamento de serviços públicos faz com que muitas das pessoas que estão acima do limiar de pobreza enfrentem dificuldades cada vez maiores para assegurar despesas essenciais. 15/15
O que nos escapa nos números da pobreza?
A pobreza não é apenas consequência de salários ou pensões baixas; é, cada vez mais, um reflexo do custo de vida, que contribui para o empobrecimento de uma forma que não é captada pelos indicadores.
reversodamoeda.substack.com
November 19, 2025 at 1:03 PM
Além disso, a crise do custo de vida reflete o subinvestimento público. A oferta pública de serviços como a educação, saúde, habitação ou transportes a custos acessíveis é uma ferramenta eficaz de combate à pobreza e constitui “rendimento indireto”. 14/
Que vida para além das contas certas?
Enquanto se acena com a descida dos impostos, a obsessão com os excedentes orçamentais continua a travar o investimento necessário em várias áreas.
reversodamoeda.substack.com
November 19, 2025 at 1:02 PM
Ao contrário do que se costuma ouvir no debate público, prestações como o RSI só pecam por defeito: cada beneficiário recebe, em média, €155 por mês com este apoio, o que os deixa muito longe de um rendimento digno. 13/
Beneficiários do RSI são cada vez menos e valor médio do subsídio é de 155 euros
Número desce há mais de dez anos e representa apenas 1% do orçamento da Segurança Social de prestações sociais.
www.jn.pt
November 19, 2025 at 1:01 PM
A baixa eficácia é, em boa medida, um reflexo dos recursos limitados que são dedicados. Em prestações que vão do subsídio de desemprego ao de doença e às prestações de maternidade ou ao RSI, o Estado português gasta menos do que a média da UE. 12/
November 19, 2025 at 1:01 PM
Se é verdade que as prestações sociais tiveram um papel decisivo para reduzir a pobreza no país, não deixa de ser verdade que a eficácia das transferências do Estado é baixa quando comparamos Portugal com o resto da União Europeia. 11/
November 19, 2025 at 1:00 PM
A inflação alimentar tem tido consequências significativas. As famílias com menos rendimentos têm diminuído a quantidade de ingredientes que usam para cozinhar refeições e cortado no consumo de carne, além de comerem menos fora. 10/
Portugueses comem mais em casa, convidam menos amigos e procuram marcas brancas
Num inquérito agora divulgado, 28% das pessoas dizem ir comer a restaurantes menos vezes e a mesma proporção afirma convidar menos amigos e familiares para comer em sua casa.
www.publico.pt
November 19, 2025 at 1:00 PM
A subida dos preços dos alimentos pesa mais na carteira de quem ganha menos, sobretudo num contexto em que a subida dos preços foi mais acentuada nos produtos que eram mais baratos à partida. 9/
November 19, 2025 at 12:59 PM
A alimentação é outro exemplo de como o aumento do custo de vida está a atingir de forma desproporcional quem tem menos rendimentos. Tipicamente, as pessoas com salários ou pensões mais baixas gastam uma parte maior do seu rendimento com a alimentação. 8/
A subida dos preços dos alimentos não afeta todos da mesma maneira. O impacto no poder de compra depende dos padrões de consumo e estes variam consoante o rendimento. As despesas com alimentos levam uma fatia maior do orçamento das pessoas com rendimentos mais baixos. 7/
November 19, 2025 at 12:59 PM
No caso da pobreza, o aumento do n° de pessoas sem-abrigo e dos bairros de auto-construção ilustram o problema. São frequentes os relatos de pessoas que recebem o salário mínimo - €860 (estatisticamente acima do limiar de pobreza) mas não conseguem pagar uma renda. 7/
Loures: “Vivemos em barracas, mas trabalhamos”. Quem são os moradores do Talude?
Marcelo pediu soluções para os moradores do Talude que viram as suas barracas a serem demolidas, mas também perguntou quem eram e se trabalham. “Muita gente aqui trabalha e faz descontos”, respondem.
www.publico.pt
November 19, 2025 at 12:57 PM
Isso é particularmente visível no caso da habitação. Como as prestações e as rendas têm subido a um ritmo bastante superior ao da média dos preços na economia (medida pela inflação), uma parte importante do custo de vida está a ser subestimada. 6/
Ter casa custa. Mas quanto?
A habitação é um dos principais fatores que influenciam o custo de vida no país, mas não aparece nas estatísticas que usamos para medir o poder de compra das pessoas.
reversodamoeda.substack.com
November 19, 2025 at 12:57 PM
No entanto, ao medirmos a pobreza apenas com base no rendimento, deixamos de fora da análise uma dimensão que afeta de forma decisiva a qualidade de vida e a capacidade de assegurar as despesas indispensáveis: o poder de compra associado ao rendimento. 5/
November 19, 2025 at 12:56 PM
Além do rendimento, o tipo de emprego que tem sido criado também influencia esta dinâmica: a taxa de risco de pobreza entre quem tem contratos precários é de 18,2%, quase o triplo da de quem tem contratos permanentes (7%). 4/
Com contrato (temporário), mas na pobreza
O retrato feito pelo relatório Portugal, Balanço Social, mostra que jovens e imigrantes estão numa situação frágil no mercado de trabalho e as desigualdades nos rendimentos continuam elevadas.
www.publico.pt
November 19, 2025 at 12:56 PM
1 em cada 10 pessoas que têm emprego recebem um salário que as coloca abaixo do limiar de pobreza. Nos setores que mais têm contribuído para o crescimento da economia e do emprego, mais de um quinto dos trabalhadores vive em risco de pobreza. 3/
Mais de um quinto dos trabalhadores do turismo, agricultura, pesca e construção vivem em risco de pobreza em Portugal
Trabalhadores com salários mais baixos são também os que estão mais expostos a condições laborais de maior risco físico e ambiental. Contratos temporários aumentam quase três vezes o risco de pobreza ...
expresso.pt
November 19, 2025 at 12:55 PM
A definição de pobreza depende do rendimento e do contexto do agregado familiar. Em 2023, uma pessoa que vivesse sozinha seria considerada pobre se tivesse menos de €632 de rendimento mensal; já um casal com dois filhos seria pobre se vivesse com menos de €1328 por mês. 2/
November 19, 2025 at 12:55 PM