E, por último, mas não menos importante, aprendi várias coisas sobre a geografia do estado do Rio de Janeiro. Mentira, basicamente aprendi o nome e a localização de um monte de município que eu não sabia que existia. São 92 ao todo em nosso estado. Você sabe onde fica Italva? E Carmo? Pois é.

Fizemos laboratório de cerâmica também. O interesse pelas cerâmicas arqueológicas brasileiras surgiu a partir das descobertas na ilha de Marajó, que a Betty Meggers tentou relacionar com a cerâmica Valdívia lá do Equador, e antes disso à Jōmon, do Japão. Mas essa teoria aí já foi desacreditada.

E, por falar na chegada dos europeus, interessante pensar que o "índio" só existe a partir do momento dela. Já tinha gente por aqui antes, e eles não se chamavam ou se identificavam como "índios". E nas escolas a criançada costuma ver uma representação que não é nem um pouco fiel a elas.

Também estudamos os modelos interpretativos de história colonial aqui do lado de cá do Atlântico. São correntes distintas que tentam explicar como era essa relação entre a metrópole e a colônia. Há quem diga que acumulava riquezas lá em Portugal, e outros dizem que essa riqueza ficava por aqui.

Em antropologia biológica o lance é estudar evolução dos primatas. A gente é primata, né? Pithecanthropus erectus, um gênero extinto de hominídeos, já era bípede, o que trouxe vantagens. Mas a coexão social também foi responsável por favorecer a evolução e a sobrevivência dos nossos antepassados.

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