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Para não sermos a “geração do fim do mundo”, propomos uma política ecossocialista capaz de partir das experiências concretas e com a indignação com o sofrimento climático rumo a um programa revolucionário.

É hora de puxar um “freio de mão” no sistema capitalista produtivista; isso implica a organização coletiva através de uma política anticapitalista que combata os ricaços e o sistema político que assegura os benefícios aos grandes empresários e latifundiários.

Nós sabemos que não é possível combater as enchentes, o calor e todos eventos climáticos extremos sem enfrentarmos o modelo de desenvolvimento do agronegócio, da mineração, grandes indústrias e todos aqueles que lucram com a piora da nossa vida no planeta.

Não acreditamos em políticas que tentam emplacar a falsificação de um “capitalismo verde”. Nos últimos anos, grandes políticos e empresas mundiais se reuniram para discutir o clima. Tudo em vão.

Sabemos também que o que vem acontecendo não é natural, mas fruto de um projeto de sociedade que coloca o lucro acima de qualquer coisa, seja através da exploração do trabalho e também dos recursos naturais.

As enchentes no Rio Grande do Sul, as queimadas criminosas na Amazônia, no Cerrado e agora no interior de São Paulo, somado ao calor intenso que passamos, são exemplos de que as catástrofes ambientais tendem a ser cada vez mais agudas e constantes em nossas vidas.

A nossa geração é aquela que está se formando diante da intensificação da crise climática. O que antes falávamos referentes ao futuro, hoje, já faz parte do presente.