Não apaga crimes, mas reescreve consequências.

Agora é acompanhar o Senado… porque o roteiro está longe de acabar. Alcolumbre já quer agilizar essa pauta ainda este ano. Que, aliás, já está acabando!

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Para mim, isso revela descontrole e uma tentativa explícita de controlar a narrativa, o que é ainda mais grave quando parte justamente da Presidência da Câmara.

Depois, não adianta vir com discurso pronto sobre liberdade de expressão e liberdade de imprensa. Pois, nada disso foi respeitado.

Nenhum jornalista foi expulso da área reservada à imprensa. E, hoje, além da expulsão, repórteres foram agredidos no Salão Verde.

É impossível não notar o contraste. E é impossível não perguntar: por que Hugo Motta tomou essa decisão? Por que a imprensa não podia testemunhar e registrar os fatos?

E, enquanto isso, Eduardo Bolsonaro segue com mandato intacto, mesmo após meses fora do país, faltas acumuladas e um processo que anda em ritmo de cruzeiro, sem contar a tentativas de negociar contra o seu próprio pais. Eu escutei dois pesos e duas medidas... acho que sim!

Curioso: quando deputados da extrema direita ocuparam a Mesa neste mesmo ano, ninguém foi arrancado pela Polícia Legislativa.
A imprensa? Intocada.
A TV Câmara? Operando normalmente.

Esse conteúdo só existe porque tem quem assista, clique e engaje, mesmo discordando.

E até quando podcasters e programas de TV vão dar palco para isso? O discurso de “dar voz para todos” é só fachada. O que vale é clique, treta e polêmica. O algoritmo premia extremos, e até o comentário negativo impulsiona quem nunca deveria ter espaço.

Uma das mães estava com as mãos cuidadas, unhas feitas, e nos comentários li: “em vez de estar cuidando da unha, cuidasse do filho para não ir para o crime”. Uma mulher negra, jovem e mãe não têm direito à dor, ao luto, nem à vaidade, como se dignidade fosse um luxo e não um direito.

E os comentários? Uma mistura de moralismo barato, racismo estrutural e hipocrisia religiosa, tudo embalado na narrativa da “culpa da mãe”, o velho discurso que tenta mascarar o fracasso coletivo do Estado.