banner
amaral81.bsky.social
@amaral81.bsky.social
Letras Vernáculas, Literatura, Ecologia e Progressismo Periférico
O Quarto Estado
Ano de Composição: 1901
Dimensões: (293 cm x 545 cm)
Técnica: Pintura a óleo sobre tela
Localização: Museu de Novecento, Milão
Autor: Giuseppe Pellizza da Volpedo (1868-1907)
May 1, 2025 at 3:04 PM
A Boba
Ano de Criação: 1915 - 1916
Técnica: Óleo sobre tela
Dimensões: 61 cm x 50,6 cm
Localização: Museu de Arte Contemporânea (MAC), São Paulo, Brasil
Autora: Anita Malfatti
April 16, 2025 at 11:18 PM
Interior de Indigentes
Ano de Criação: 1920
Técnica: Óleo sobre tela
Dimensões: 83,5 cm x 68,5 cm
Localização: Museu de Arte (MASP), São Paulo, Brasil
Autor: Lasar Segall (1891 - 1957)
April 16, 2025 at 5:32 PM
La armazón
deleznable
que me colma
significa dispersión,
riqueza,
no confusión.
Soy todas
esas cosas:
desechos y sueños,
basura y deseo,
belleza,
escombros
y una tierna
ansiedad.

(Mario Vargas Llosa, 1936 - 2025)

April 14, 2025 at 5:31 PM
Rica mas sóbria, como um templo grego

Não se mostre na fábrica o suplicio
Do mestre. E natural, o efeito agrade
Sem lembrar os andaimes do edifício:

Porque a Beleza, gêmea da Verdade
Arte pura, inimiga do artifício,
É a força e a graça na simplicidade.

Olavo Bilac (1865 - 1918)
March 24, 2025 at 4:35 PM
E num olhar que ilude se confia.

Novas lições aprendem-se, contudo,
Neste, da vida, prolongado estudo
Em que a luz, pouco a pouco, se revela.

Erros... lições... E escoa-se a existência...
Vem-nos, enfim, com os anos, a experiência,
Porém, já agora, que faremos dela?

Bastos Tigre (1882 - 1957)
March 24, 2025 at 2:52 PM
estendida no chão.
Esse gesto agoniado de abrir os braços
para o infinito ou para o amor,
gesto de cruz que é Teu e meu
nos aproxima, meu Senhor!

Ruth Guimarães (1920 - 2014)
March 15, 2025 at 12:49 PM
Amar a aurora, amar os flóreos rosicleres,
E tudo quanto é belo e o sentido nos doma!
Mas, antes disso, amar as crianças e as mulheres…

Alphonsus de Guimarães (1870 - 1921)
March 14, 2025 at 3:20 PM
Que um vento estranho para és limbos leva.

Báratros, criptas, dédalos atrozes
Escancaram-se aos tétricos, ferozes
Uivos tremendos com luxúria e cio...

Ris a punhais de frígidos sarcasmos
E deve dar congélidos espasmos
O teu beijo de pedra horrendo e frio!...

Cruz e Souza (1861 - 1898)
March 14, 2025 at 3:37 AM
A morte, o espasmo gélido, aflitivo...

Lésbia nervosa, fascinante e doente,
Cruel e demoníaca serpente
Das flamejantes atrações do gozo.

Dos teus seios acídulos, amargos,
Fluem capros aromas e os letargos,
Os ópios de um luar tuberculoso...

João da Cruz e Sousa (1861 - 1898)
March 11, 2025 at 7:40 PM
Necessidade de também ser fera

Toma um fósforo, acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro.
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa ainda pena a tua chaga
Apedreja essa mão vil que te afaga.
Escarra nessa boca que te beija!

Augusto dos Anjos (1884 - 1914)
March 10, 2025 at 11:30 PM
Ficaste a rezar até
Manhã dentro, manhã alta.
Como é que tens tanta fé
E a caridade te falta?...

Augusto Gil (1873 - 1929)
March 10, 2025 at 12:08 AM
contra a Infâmia bifronte que deprava.

Livre! bem livre para andar mais puro,
mais junto à Natureza e mais seguro
do seu Amor, de todas as justiças.

Livre! para sentir a Natureza,
para gozar, na universal Grandeza,
Fecundas e arcangélicas preguiças.

João da Cruz e Sousa (1861 - 1898
March 9, 2025 at 2:48 PM
Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
— Em que espelho ficou perdida
a minha face?

Cecília Meireles (1901 - 1964)
March 8, 2025 at 7:19 PM
Mas cheia de jactância quixotesca.

Aos domingos a deia já rugosa,
Concedia-lhe o braço, com preguiça,
E o dengue, em atitude receosa,

Na sujeição canina mais submissa,
Levava na tremente mão nervosa,
O livro com que a amante ia ouvir missa!

Cesário Verde (1855 - 1886)
March 8, 2025 at 2:36 AM
Obra - Edifício Guaimbê
Arquiteto - Paulo Mendes da Rocha (1928 - 2021)
Localização - Rua Haddock Lobo - Jardins - SP
Ano de Construção - 1965
Estilo Arquitetônico - Brutalista
March 8, 2025 at 1:41 AM
De sorte que hoje emfim, descrente, resignado,
Concentrei-me em mim só, n'um tedio indignado,
E apaguei a lanterna - É só um sonho o Amor!

Antônio Duarte Gomes de Leal (1848 - 1921)
March 7, 2025 at 6:50 PM
Nos causa, então piedade nos causasse!

Quanta gente que ri, talvez, consigo
Guarda um atroz, recôndito inimigo
Como invisível chaga cancerosa!

Quanta gente que ri, talvez existe,
Cuja aventura única consiste
Em parecer aos outros venturosa!

Raimundo Correia (1859 - 1911)
March 7, 2025 at 12:23 AM
Meus cabelos afagam;
Gênis vagam,
De alguma fada no ar andando à caça.

Adormeceu a virgem; dos espíritos
Jaz nos mundos risonhos –
Fora eu os sonhos
Da bela virgem… uma nuvem passa.

Joaquim de Souza Andrade (1833 - 1902)
March 5, 2025 at 2:48 AM
Eu pasmo de te ouvir, e a um Deus adoro.

Tu vives em contínua primavera;
Lilia te afaga, Lilia ouve teu canto!
A tua feliz sorte, oh, quem m’a dera!

Então o meu penar não fora tanto;
Pois seu peito abrandado já tivera
Co´a voz que ao seio d’alma leva o encanto.

D. J. Gonsalves de Magalhães
March 3, 2025 at 3:51 PM
Cujo sol (quem mo dera!) é o dinheiro...

Minha desgraça, ó cândida donzela,
O que faz que o meu peito assim blasfema,
É ter para escrever todo um poema,
E não ter um vintém para uma vela.

M. A. Álvares de Azevedo (1831 - 1852)
March 2, 2025 at 5:16 PM
Foi cena alegre, e urna é já funesta.
Oh quão lembrado estou de haver subido
Aquele monte, e às vezes, que baixando
Deixei do pranto o vale umedecido!

Tudo me está a memória retratando;
Que da mesma saudade o infame ruído
Vem as mortas espécies despertando.

Cláudio Manoel da Costa (1729-1789)
February 26, 2025 at 4:37 AM
October 14, 2024 at 5:32 AM
October 14, 2024 at 4:21 AM
October 14, 2024 at 4:11 AM