Pensar a História
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"Os homens fazem a sua própria história, mas não a fazem segundo a sua livre vontade". Karl Marx
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Há 66 anos, Stepan Bandera era executado por um agente soviético. Líder da OUN, Bandera foi um principais colaboradores da Alemanha nazista. E apesar de seus vários crimes, está sendo reabilitado como um herói na Ucrânia. Leia no @operamundi.bsky.social

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Pensar a História: Stepan Bandera, um colaborador nazista herói ucraniano
Comandante da Organização dos Nacionalistas Ucranianos é glorificado por múltiplos monumentos e memoriais espalhados por toda a Ucrânia
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O governo ucraniano também determinou a intervenção nos livros escolares e censura editorial, ordenando a remoção de conteúdos e banindo obras que mencionassem os vínculos entre Stepan Bandera e o genocídio de poloneses e judeus durante a Segunda Guerra Mundial.

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O líder da OUN ganhou monumentos e museus em centenas de cidades, emprestou seu nome para logradouros e instituições culturais e virou tema de filmes e documentários financiados pelo governo. Marchas anuais no aniversário de Bandera reúnem milhares nas ruas de Kiev.

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Não obstante, o golpe de 2014, que derrubou Yanukovich e consolidou a ascensão da extrema-direita do Euromaidan, abriu caminho para a glorificação de Stepan Bandera e de diversos outros colaboradores nazistas.

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Em 2010, o presidente ucraniano Viktor Yushchenko chegou a conceder o título de "Herói Nacional" a Stepan Bandera. O título foi revogado pelo sucessor de Yushchenko, Viktor Yanukovich.

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Com a dissolução da URSS e o fortalecimento da extrema-direita após a Revolução Laranja, o reconhecimento da figura de Stepan Bandera como "herói nacional" e "pioneiro da libertação ucraniana" tornou-se uma reivindicação cada vez mais frequentes dos ultranacionalistas.

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Ciente de que Bandera havia se tornado um dos principais articuladores do movimento anticomunista, a URSS fez planos para eliminá-lo. Em 15/10/1959, ele morreu envenenado pelo agente soviético Bohdan Stashynsky, alegadamente a mando de Nikita Kruschev.

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Vista como um ativo estratégico na luta contra a URSS, a OUN foi convertida em uma organização associada ao MI6, o serviço secreto do Reino Unido. A OUN também recebeu generosos repasses dos EUA e colaborou com a CIA na realização de atividades anticomunistas.

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Após a derrota da Alemanha nazista, Bandera fugiu para a Baviera. Ele jamais foi responsabilizado pelas atrocidades cometidas durante a guerra. Ao contrário. Bandera foi protegido e recebeu apoio dos governos ocidentais para reconstruir a OUN no exílio.

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Cerca de 35.000 judeus morreram durante os pogroms da OUN e outros milhares foram deportados para campos de extermínio. Estima-se que cerca de um milhão de judeus ucranianos foram mortos pelos nazistas e colaboradores durante a Segunda Guerra Mundial.

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A OUN também coordenou os chamados pogroms de Lviv — série de massacres cometidos contra a comunidade judaica ucraniana. Os judeus eram torturados, espancados e humilhados publicamente. As mulheres eram despidas à força e violentadas.

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A Organização dos Nacionalistas Ucranianos participou do massacre dos poloneses de Volínia e da Galícia, que resultaram na morte de aproximadamente 130 mil pessoas, parte substancial das quais eram mulheres, crianças e idosos.

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...e defendia ações como a deportação, desapropriação das terras e erradicação da cultura das etnias consideradas "inferiores".
Ao lado das tropas nazistas, a OUN conduziu diversos massacres e atrocidades durante a Segunda Guerra Mundial.

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Bandera compartilhava a ideia de que os judeus haviam inventado o comunismo para "destruir a civilização, as tradições familiares e os valores cristãos". O programa da OUN preconizava que "russos, poloneses e judeus hostis deveriam ser eliminados"...

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O pensamento ultranacionalista de Bandera era, na prática, uma adaptação do ideário nazista. A OUN defendia a eugenia e a criação de uma "raça ucraniana pura", argumentava em favor da subjugação de russos e poloneses, do antissemitismo e do anticomunismo.

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Bandera tornou-se então um dos principais colaboradores nazistas, recrutando nacionalistas ucranianos para os batalhões da OUN/UPA e engrossando o efetivo das operações militares conduzidas pela Wehrmacht.

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Mais tarde, com a reação soviética ganhando força desde a Batalha de Stalingrado, os oficiais alemães decidiram libertar Bandera, julgando que o ucraniano poderia ajudar a articular operações paramilitares e atos de sabotagem contra o Exército Vermelho.

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O regime nazista, no entanto, considerava os ucranianos como uma "sub-raça" e rejeitava frontalmente a ideia de emancipação. Incomodados com o discurso independentista, os alemães ordenaram a prisão domiciliar Bandera e, depois, o enviaram para o campo de Sachsenhausen.

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Em junho de 1941, após a invasão da República Soviética da Ucrânia pela Alemanha nazista, Bandera tentou articular a fundação de um Estado ucraniano unificado, comprometendo-se a torná-lo uma nação vassala do Terceiro Reich, "sob a liderança de Adolf Hitler".

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Bandera passou a prestar apoio às tropas nazistas através da criação de grupos expedicionários. Ligado à Gestapo e à Abwehr, ele fundou os batalhões de Nachtigall e Roland e lançou as bases para criação do Exército Insurgente da Ucrânia (UPA), braço armado da OUN.

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Bandera foi preso e condenado à morte, mas teve a sentença comutada em prisão perpétua. Após a eclosão da Segunda Guerra Mundial e a invasão da Polônia pela Alemanha, Bandera, conhecido por suas ideias antissemitas e anticomunistas, foi libertado da prisão pelos nazistas.

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Ao longo dos anos 30, a OUN se consolidou como uma organização fascista e Bandera se tornou um de seus principais dirigentes. O líder ucraniano incentivou ações cada vez mais extremas. Em 1934, a OUN assassinou Bronislaw Pieracki, o Ministro do Interior da Polônia.

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A OUN era uma organização de extrema-direita que reivindicava a criação de um Estado ucraniano independente, formado através da junção das regiões ucranianas integradas aos territórios da Polônia (Galícia e Volínia) e da União Soviética (Ucrânia Oriental).

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Seguindo os passos do pai, Bandera iniciou sua atividade política na juventude, militando em agremiações nacionalistas. Em 1929, ele ingressou na Organização dos Nacionalistas Ucranianos (OUN), entidade paramilitar criada em Viena por veteranos da Guerra Civil Ucraniana.

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Stepan Bandera nasceu em 01/01/909 em Staryi Uhryniv, na região da Galícia, então parte do Império Austro-Húngaro. Era filho de Andriy Bandera, padre da Igreja Greco-Católica Ucraniana e membro da Rada Central Ucraniana.

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