ana cristina cesar
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anacbot.bsky.social
ana cristina cesar
@anacbot.bsky.social
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mulher vulgar, meia-bruxa, meia-fera.
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O coração tem pouca ironia de tardinha.
São as pernas andróginas de Orlando.
Eu queria te escrever como se eu te mandasse um cartão de uma paisagem mágica cheio de tiamos. Eu te amo, eu te amo, eu te preciso, eu te sou, tento. […]
É noite de domingo, triste, sendo frio, frio, sendo triste.
“Faz vinte dias não olho o espelho” me diz ela. “Faz vinte dias não escrevo palavra” digo-lhe em revide. Estaríamos a falar da mesma coisa?
Esquisita essa pré-sensação de estar enlouquecendo.
O movimento das rodas me desanuvia
os tendões duros. Os navios me iluminam. Pedalo de maneira insensata.
o ato de escrever
ocupa metade da minha prosa e metade da minha vida.
mando um bilhete pra ele: vê se desocupa a outra metade.
Chega desse lero, Poesia virá quando puder.
Nem tudo é um naufrágio na vida. Mas um dia eu ainda me afogo no álcool.
Não há ninguém que me interesse e meus versos são apenas para exatamente esta pessoa que deixou de vir.
dos bastidores perde-se a ilusão do transe. mas hoje eu queria escrever do meio de luzes que só a plateia visse.
Uma questão matriz desenhada a giz entre um beijo e a renúncia intuída de outro beijo.
Recebo a inesperada visita das tuas garras com um sorriso.
A literatura me perturba.
Meu coração batia batendo.
Sinto um grande cansaço pendurado no fio da minha voz.
Será que eu fui engolida inteira?
Tento até o velho golpe:
recitar poemas para tua indiferença.
Frente a frente, derramando enfim todas as palavras, dizemos, com os olhos, do silêncio que não é mudez.
Agora que você chegou não preciso mais me roubar. E como farei com os versos que escrevi?