Rapha Cubakowic
@raphacubakowic.bsky.social
1.7K followers 120 following 1.7K posts
Crítico de cinema e tradutor. Marx na cabeça, Brecht no coração. Cinema japonês e soviético. Às vezes falo sobre pintura.
Posts Media Videos Starter Packs
O pior dessa onda anti-VFX ñ é tanto a ignorância sobre o assunto, a parte técnica e a teoria estética da questão, é que ela é seletiva e desonesta. Basta ver os elogios a "fisicalidade e efeitos" de "Mad Max: Fury Road" e os ataques, na mesma lógica, contra "Furiosa", q é um filme mt superior.
A TikTok with >100K followers: “For ‘Transformers’, lens flares were used to cover up fake looking CGI.”

Me, commenting: “Uh that’s not true, they were not used to cover up ‘fake looking ‘’CGI’’.”

The creator: “yeah they were and I also never said that”

¯\_(ツ)_/¯
A leitura que Shinoda faz das raízes e consequências do ultranacionalismo por meio da trama são um pouco estranhas, para dizer o mínimo, mas bastante evidentes, dado a presença do personagem do Diet e a trama se passar em 33, por exemplo.
Shinoda inclusive dá mais espaço para a dimensão fantáastica e fabular com a tompo de tela dado aos yokai da lagoa. Os efeitos especiais no fim lembram o mesmo procedimento de "Johnstown Flood" (incríveis) que você pode ver aqui: www.youtube.com/watch?v=86nW...
Johnstown Flood Silent Movie 16mm
YouTube video by Snapshots Of The Past (snapshotsofthepast)
www.youtube.com
Em "Demon Pond", Shinoda parece fazer um caminho similar ao de Uchida em "The Mad Fox" em que uma peça de Kabuki é traduzida para o cinema por meio de processos de tetralização (especialmente no uso de um ator Onnagata) e cenário e iluminação antirrealista.
Reposted by Rapha Cubakowic
Vanity Fair asked me to talk about visual effects, and it was my great honor to show off some of ILM’s terrific work over the years.

Todd Vaziri on Vanity Fair VFX
youtu.be/ERKEsIzTFas?...
ILM's VFX Secrets Behind Star Wars, Transformers & More | Vanity Fair
YouTube video by Vanity Fair
youtu.be
Ah sim, sem dúvida. Gosto demais de história do cinema. É a coisa que mais sinto saudade, das aulas do curso de história q ministrava com o Fernando Brito quando ainda tinham cursos do tipo na Oficina Oswald de Andrade em SP 🥲
Ah sim. Eu tento ler o máximo possível sobre teoria e acho importante embasar tudo o máximo possível. Acho q vem tbm de estudar pintura q é um cenário igualmente ácido, igual cinema 🫠
"Bandidos de Orgosolo", do De Seta.
Já é quase um consenso que o neorrealismo acaba em 52, com "Umberto D" e 52 o cinema que será "pré-moderno" que esquenta a transição, esteticamente, pro moderno, ainda está engatinhando. O cinema moderno italiano começa de fato apenas em 60, neorrealismo é cedo demais, material e esteticamente.
Essa visão do neorrealismo como início do moderno, junto de Welles nos E.U.A. e talz, q era popular nos abos 50 e sobreviveu em livros de história menos rigorosos já é mt datada pq é dificil defender consistentemente.
Ai vamos discordar. É cedo demais. O cinema moderno em si apresentará suas estruturas de produção, câmera, película, luz, som, distribuição sem estúdios, exibição... a partir de 1958 apenas. O neorrealismo antecipa um pouco do pré-moderno, no máximo.
É interessante também como a montagem trabalha com elipses anticontinuidade sutis no filme, como se por alguns segundos o longa desse um pequeno salto entre um corte e outro e parte do material se perdesse.
Todavia, Yoshida talvez acabe por reforçar as leituras mais reacionárias do material ao reforçar a postura demoníaca e perversa de Onimaru, ao invés de sua leitura como injustiçado em busca de vingança. Mas filmar no Monte Aso faz maravilhas para a atmosfera gótica da adaptação. (+)
Yoshida se reclina sob o grotesco e o teatralizado (no sentido do Mie do Kabuki), evidente nas expressões, gestos lentos e marcados ou na maquiagem, todos bastante antirrealistas e simbolicamente sobrecarregados. O quarto dourado é uma leitura particularmente medonha e muito boa. (+)
A versão de Kiju Yoshida de "Morro dos Ventos Uivantes" é tão sinistra e horripilante que quase poderia ser um filme de terror (o que obviamente parece ser o objetivo, ao menos na esfera formal, basta ouvir a trilha de Toru Takemitsu e seus graves). (+)
é parte de uma suposta 2ª onda do Neorrealismo, um movimento do cinema clássico que acabou, para ser generoso, mais de 7 anos antes. Pior que ele parte para exemplificar todas as milhares de coisas que fazem o filme diferente do neorrealismo, o cara se autorefuta. É esse nível.
Você sabe que a situação da crítica de cinema está num estado lastimável quando um professor e autoridade convidado coloca que um filme de 1961 (SESSENTA E UM), realizado com tecnologia moderna, num contexto de produção, distribuição e exibição moderno...
A lista ainda está um pouco magra nos anos 50 pq acredito que seja melhor não inflar o listão com filmes que não só são de difícil acesso como também são muito mais do mesmo, dado que o gênero é muito codificado durante o Edo Lúgubre.
sem entrar tanto no campo formal do cinema moderno, mas com uma estética controlada e arejada o bastante para ser interessante em fins dos anos 60. O desfecho em aberto é um exemplo desse ponto e de como Masumura é a chave para compreender a transição dos humanistas para a Nuberu Bagu.
″Thousand Cranes″ é um bom exemplo de como Kaneto Shindo escrevia muito bem esse tipo de melodrama pequeno-burguês (Shoshimin-eiga) de adultérios e romances cruzados com um toque psicologizante mais rico. E também como Masumura sabia dirigir esse tipo de material com certo rigor… (+)
Esse fim de semana tem "Minin e Pozharsky" no canal da CPC-Umes no youtube, um filme muito interessante e pouco conhecido do mestre Pudovkin com suas primeiras experimentações com câmera de mão num épico histórico que ressoava em muito com o contexto da época.
Agora todos os meus três filmes favoritos do Kurosawa ("Cure", "Kairo" e "Sakebi"), até o momento, possuem críticas.
Seguindo com as críticas do mês do terror, escrevi um pouco sobre "Sakebi", último filme de terror de Kiyoshi Kurosawa dentro do recorte mais apertado do J-Horror e como ele faz uma revisão e consolidação de vários temas desse período nesse longa-metragem.
A ★★★½ review of Retribution (2006)
″Crimes Obscuros″ se encontra no fim de uma década de J-horror, não apenas para Kiyoshi Kurosawa, mas para toda a indústria cinematográfica japonesa. Para o diretor, é a conclusão de uma série de film...
letterboxd.com
depois compactando aspectos da investigação e confrontação já na segunda metade do filme, mas numa espécie de fluxo constante de desgraças e pontas soltas que nunca se resolvem. É interessante, mas questionável se efetivo.