🔞

— Puta que pariu.— Praguejou, esticando o braço como pôde quando enxergou as chaves, levantando-se depressa.— Você é o demônio. Devia estar acorrentado no inferno.

— Você pode me acorrentar na sua casa.— O menor sugeriu, esperto.

Agarrou o pescoço do mais velho com força, num abraço tenro e apertado, carregado de carinho e aquela sensação de pertencimento que jamais antes pôde sentir por alguém.

Quase como se pudesse entrar em combustão, a qualquer momento.

— Gatinho.— Chamou, rouco.— Eu decidi fazer isso aqui, porque é onde você foi meu antes de qualquer outra merda. Desde que botei o olho na sua carinha ali atrás pela primeira vez, e sonhei com você a noite inteira. Você fodeu com a minha paz desde o dia um, sabia?

🔞

🔞

— Ei, vocês dois estão debaixo de uma câmera de segurança, idiotas. Procurem um quarto!— O homem fardado ralhou do lado de fora e se afastou em seguida.

Jimin quis desaparecer por um instante. Escondeu o rosto com as mangas do blusão e precisou conter a risada teimosa quando viu a carranca do Min.

Causado por um comportamento obstinado e inteiramente movido por ciúmes.

/“A universitária detida em flagrante possuía uma espécie de “baú de memórias” onde guardava itens como peças de roupas, embalagens abertas, pontas de cigarro e preservativos usados pelo ex ficante.”/

ㅡ Shh.ㅡ Sibilou, deslizando a língua contra a do menor, que arranhava seu pescoço em resposta.ㅡ Você ficou uma gracinha com isso. Não precisa comprar mais roupas. Só vou te arrumar uma mini-saia, não posso deixar faltar.

ㅡ Você merece /morrer./ Devia ter morrido quando te botaram na rua. Cão maldito.ㅡ Youngjae sibilou, com o canto da boca sujo de uma saliva esbranquiçada como o pó.

O caçula tomou impulso e pairou a garrafa estilhaçada ao alto uma última vez antes de mirar à garganta do Min.

Jimin piscou, mirando o olhar afiado do mais velho.

Ele dizia aquilo com uma seriedade no rosto que revirou o estômago do Park.

— Por quê?— Sussurrou, baixo.

— Quero me apresentar a ele como o seu namorado.

Yoongi franziu o cenho.

O silêncio se arrastou por quase um minuto.

— Se algum dia precisar ir até lá outra vez, eu quero estar com você.— O felino ronronou.

E ele sorriu para o Kang, cínico, mal intencionado, como quem exibia um troféu do outro lado.

Sem pressa, abaixou a boca até o pescoço do menor, possessivo, depositando um beijo lerdo exatamente acima da marca arroxeada que deixou ali.

Destrancou a porta do loft.

— Boa tarde, senhor! O seu pedido já- … Jiminie?— A voz do homem morreu, e os olhos se arregalaram quando os pousou no rosto do Park.

/“Como era mesmo o nome?”/

Jimin concordou com a cabeça, sorrindo pequeno.

— Eu gosto de frango!— Avisou.

— Você fica uma gracinha com isso na mão, gatinho, quero contratar você pra limpar a minha casa.— Provocou.

Uma jaqueta de couro negro, pesada e absurdamente grande para o seu tamanho.

Exatamente igual à que o Min deixou propositalmente no apartamento de Jimin, como uma lembrança, dias antes de ser incendiado.

Abraçando o corpo pequeno da garota quase como um maldito /troféu/.